O Funk e a decadência brasileira

Uma crônica sobre o estilo musical que tomou conta do país.

A certeza imaginária

Uma reflexão sobre os comportamentos de quem encontrou a pessoa certa.

Magnólia

Três histórias surpreendentes em que todas acontecem no Edifício Magnólia no Rio de Janeiro.

Pais e Filhos

Um retrato de quem passou para a fase adulta sem esquecer dos valores de infância.

Dormindo com o inimigo

A violência contra a mulher é o tema principal deste artigo.

Retrô

Passei o ano todo pensando em escrever esse último post do ano. Anotei, memorizei tudo que podia para poder relembrar depois, fazer aquela tradicional retrospectiva de um ano que com certeza foi o melhor e ao mesmo tempo o pior de todos. Dizem os chineses que ano que termina com 9 encerra um ciclo. E outro se inicia. Então agora que faltam poucas horas para o final do ano, estou sem vontade nenhuma de escrever esse post. Deve ser o ciclo teimando em querer ficar. Porque escrevendo eu me lembro de como o ano no plano amoroso foi fracasso sobre fracasso sobre fracasso. Eu vou me lembrar dos meses de reclusão e abstinência esperando uma distância acabar, uma distância que acabou por tão pouco tempo e voltou. Eu não vou dizer os nomes dos fracassos, é preciso manter a linha, jamais descer. Foi o ano dos "quase", dos "tomara" e algumas outras que atravessaram meu caminho mas que não conseguiram ficar. São estatísticas agora, apenas um número, algumas menos do que isso. Uma merda de ano no plano amoroso. O ponto alto (esse sim vale a pena lembrar) foram as viagens. Não importa se foram viagens de quinze dias, vinte, dois ou um bate-volta no mesmo dia. Todas elas tiveram sua história para contar depois. As melhores sensações do ano foram vividas na estrada, na busca pelo elemento surpresa, pela gana de saber o que vinha depois. Meu pulso sempre acelerado e minha mente sempre alerta pelas ruas do Rio de Janeiro. O cheiro de mar e a frieza da água nos meus pés enquanto eu andava pelas praias de Santa Catarina vendo o sol se pôr. O calor insuportável de Goiânia e de Atibaia. A tranqüilidade bucólica do centrinho de Itu e São Roque, todos tiveram lá o seu charme. E em meio a tantos acontecimentos, tantos desencontros, tantas paixões que se foram e tantas outras que talvez virão, eu me pego pensando em todas as promessas que fiz para o próximo ano e que sei que não irão se cumprir. Talvez eu faça uma viagem e não volte mais, ou talvez eu me case e sossegue o facho, talvez eu me canse e me refugio em um mosteiro até descobrir quem eu realmente sou, ou talvez eu pare de escrever, pelo menos por uns tempos. Enquanto isso eu continuo aqui, correndo, correndo e não saindo do mesmo lugar.


Feliz 2010 a todos.

Retrô

Passei o ano pensando em escrever esse ultimo post do ano. Anotei, memorizei tudo que podia para poder relembrar depois, fazer aquela tradicional retrospectiva de um ano que com certeza foi o pior de todos. Dizem os chineses que ano que termina com 9 encerra um ciclo. E outro se inicia. Então agora que faltam poucas horas para o final do ano, estou sem vontade nenhuma de escrever esse post. Porque escrevendo eu me lembro de como o ano no plano amoroso foi fracasso sobre fracasso sobre fracasso. Eu vou me lembrar dos meses de reclusão e abstinência esperando uma distância acabar, uma distancia que acabou por tão pouco tempo e voltou. Eu não vou dizer os nomes dos fracassos, é preciso manter a linha, jamais descer. Foi o ano da loira, da morena, da japa e da ruiva, e outras que atravessaram meu caminho mas que não tiveram competência para ficar. São estatísticas. Uma merda de ano no plano amoroso. O ponto alto (esse sim vale a pena lembrar) foram as viagens. Não importa se foram viagens de quinze, vinte, dois ou um bate-volta no mesmo dia. Todas elas tiveram sua história para contar depois. As melhores sensações do ano foram vividas na estrada, na busca pelo elemento surpresa, pela gana de saber o que vinha depois. Meu pulso sempre acelerado e minha mente sempre alerta pelas ruas do Rio de Janeiro. O cheiro de mar e a frieza da água nos meus pés enquanto eu andava pelas praias de Santa Catarina vendo o sol se por.

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