O Funk e a decadência brasileira

Uma crônica sobre o estilo musical que tomou conta do país.

A certeza imaginária

Uma reflexão sobre os comportamentos de quem encontrou a pessoa certa.

Magnólia

Três histórias surpreendentes em que todas acontecem no Edifício Magnólia no Rio de Janeiro.

Pais e Filhos

Um retrato de quem passou para a fase adulta sem esquecer dos valores de infância.

Dormindo com o inimigo

A violência contra a mulher é o tema principal deste artigo.

É este desafio que torna a vida digna de ser vivida!!!!!

Quando o mundo bate forte e dói é sempre muito difícil entender e aceitar por quê a vida tem de ser assim,
por quê não podia ser de um jeito menos sofrido, por quê as coisas são como elas são e não como a gente gostaria que fossem.
Tudo parece feio e sem sentido depois de um fracasso. Não há consolo para uma grande perda ou decepção. Não há alívio para a tristeza que fica quando um sonho se vai e a única vontade que a gente tem é de ir junto, sumir, desaparecendo sem deixar rastro ou direção.
Não é simples sobreviver com os nossos planos em ruínas. Não é fácil recomeçar do nada ou, às vezes, com menos ainda. O caminho da reconstrução é lento e pesado para a pouca energia que nos resta depois de uma queda.
Mas é exatamente nessas horas que a gente tem que soprar as cinzas de ideais em frangalhos e descobrir, em meio aos destroços de uma batalha perdida, a nossa enorme grandeza, o nosso imenso valor, a nossa incrível capacidade de recomeçar sempre, mesmo com o amor próprio ferido de morte e a fé golpeada na sua própria raiz.
É esse desafio que faz a vida digna de ser vivida.

O problema de aprender a esperar

Aprender a esperar pelas coisas que desejamos é provavelmente uma das mais difíceis lições para nós humanos aceitarmos. Crianças pequenas são por natureza impacientes. O que quer que chame sua atenção elas querem ter, e querem agora! Mas como a maioria de nós sabe, muitas vezes por experiência própria, uma realidade da vida é que nem tudo pode ser obtido na hora em que se quer. Mesmo no caso de desejos genuínos, precisamos prender a esperar o momento oportuno para satisfazê-los. Muitos aprendem esta lição; outros nunca aprendem.
Desde criança eu fui uma pessoa ansiosa. Queria tudo ali, na hora. Nasci antes da data certa e por muitas e muitas vezes quis acelerar o processo natural das coisas para conseguir realizar meus desejos mais rapidamente. Fui assim durante muitos anos da minha vida. “Viver sempre à frente do meu tempo”. Era esse o meu lema.
Durante todos esses anos em que a impaciência se tornou quase que imperativa para mim, eu consegui reunir uma coleção de erros e acertos. Às vezes muito mais erros. Levou muitos anos para que eu percebesse que as cosias acontecem no exato momento que elas devem acontecer. Enquanto esse minutinho de reflexão tentava pacientemente me alcançar, eu ia amontoando no meu livro dos dias, uma sucessão de derrotas. Era derrotado constantemente pelo simples fato de não saber esperar.
Realmente, desenvolver a paciência, esta virtude que está cada vez mais escassa no mercado é um verdadeiro desafio, mas quem consegue obter esta habilidade notará que seus dividendos serão bem maiores. A ansiedade, na maioria das vezes só traz infelicidade. Alem do mais, a falta de paciência debilita nossa saúde. Prejudica o coração e o fígado.
É natural que as pessoas anseiem satisfazer os seus desejos, e não há nada de errado nisso. Apenas devemos nos lembrar que para tudo há um tempo certo. E que tentarmos fazer as coisas para que tudo se encaixe em nosso cronograma definitivamente não é a melhor solução.
Passei por uma verdadeira prova de fogo certa vez. Queria muito fazer uma grande mudança de conceito. Queria mostrar que meu jeito de ver as coisas era o mais correto. Meus desejos eram verdadeiros e tudo que eu queria fazer e fiz foi por amor. Errei tentando acertar. Mas eu estava errado e com a minha ansiedade em resolver as coisas ao meu modo eu ia cada vez mais me afastando do resultado que eu tanto queria.
Quando chega o momento iminente da perda, tudo se torna claro. Eu soube disso mais tarde. Foram necessários doses generosas de paciência e benignidade que eu tive que me obrigar a ter. Finalmente eu pude perceber que para a concretização dos sonhos podem existir caminhos alternativos, mas que levarão ao sucesso. Pude perceber que quando comecei a tratar o meu sonho como um investimento a longo prazo, as coisas começaram a se engrenar, eu voltei a sorrir e as esperanças se renovaram.
Hoje tenho certeza do que quero, e sei que terei que percorrer um caminho mais longo do que eu queria, mas, paciência, é assim que algumas coisas devem ser para poder acontecer. Não plantamos uma semente hoje e amanha voltamos ao local do plantio para pegar a fruta. Requer paciência. Requer vontade e requer fé. Se o que realmente quisermos for baseado no amor, saberemos esperar. Por quê? Porque como dizem as Santas Escrituras: “o amor suporta todas as coisas, acredita todas as coisas, espera todas as coisas, persevera em todas as coisas. O amor nunca falha”.
O amor tomou conta de mim e me mostrou que a atitude certa é esperar. E esperar. E esperar. E você? Acredita no provérbio: “quem espera sempre alcança?” ou é adepto (a) à idéia: quem espera, desespera? Agora é com você. Tome uma decisão, mas lembre-se: sem pressa.

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