Retrô

Passei o ano pensando em escrever esse ultimo post do ano. Anotei, memorizei tudo que podia para poder relembrar depois, fazer aquela tradicional retrospectiva de um ano que com certeza foi o pior de todos. Dizem os chineses que ano que termina com 9 encerra um ciclo. E outro se inicia. Então agora que faltam poucas horas para o final do ano, estou sem vontade nenhuma de escrever esse post. Porque escrevendo eu me lembro de como o ano no plano amoroso foi fracasso sobre fracasso sobre fracasso. Eu vou me lembrar dos meses de reclusão e abstinência esperando uma distância acabar, uma distancia que acabou por tão pouco tempo e voltou. Eu não vou dizer os nomes dos fracassos, é preciso manter a linha, jamais descer. Foi o ano da loira, da morena, da japa e da ruiva, e outras que atravessaram meu caminho mas que não tiveram competência para ficar. São estatísticas. Uma merda de ano no plano amoroso. O ponto alto (esse sim vale a pena lembrar) foram as viagens. Não importa se foram viagens de quinze, vinte, dois ou um bate-volta no mesmo dia. Todas elas tiveram sua história para contar depois. As melhores sensações do ano foram vividas na estrada, na busca pelo elemento surpresa, pela gana de saber o que vinha depois. Meu pulso sempre acelerado e minha mente sempre alerta pelas ruas do Rio de Janeiro. O cheiro de mar e a frieza da água nos meus pés enquanto eu andava pelas praias de Santa Catarina vendo o sol se por.

0 comentários:

Postar um comentário

Compartilhe

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More