Quando o mundo bate forte e dói é sempre muito difícil entender e aceitar por quê a vida tem de ser assim,
por quê não podia ser de um jeito menos sofrido, por quê as coisas são como elas são e não como a gente gostaria que fossem.
Tudo parece feio e sem sentido depois de um fracasso. Não há consolo para uma grande perda ou decepção. Não há alívio para a tristeza que fica quando um sonho se vai e a única vontade que a gente tem é de ir junto, sumir, desaparecendo sem deixar rastro ou direção.
Não é simples sobreviver com os nossos planos em ruínas. Não é fácil recomeçar do nada ou, às vezes, com menos ainda. O caminho da reconstrução é lento e pesado para a pouca energia que nos resta depois de uma queda.
Mas é exatamente nessas horas que a gente tem que soprar as cinzas de ideais em frangalhos e descobrir, em meio aos destroços de uma batalha perdida, a nossa enorme grandeza, o nosso imenso valor, a nossa incrível capacidade de recomeçar sempre, mesmo com o amor próprio ferido de morte e a fé golpeada na sua própria raiz.
É esse desafio que faz a vida digna de ser vivida.
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