O Funk e a decadência brasileira

Uma crônica sobre o estilo musical que tomou conta do país.

Angelicus

Seu primeiro presente foi um nome de anjo: Anyel. Amava o próprio nome tanto quanto a si mesma. Nome de anjo, beleza de anjo, ternura de anjo. Agora lhe faltavam as asas tão somente. Asas aladas para poder voar, para sombrear e para proteger. Para aconchegar, amparar e abraçar. E as asas começaram a aparecer numa tarde quente pouco depois que seus pais se separaram. A desilusão, a frustração e a sensação de impotência ante aquela cena da qual jamais se esqueceria, faria parte da sua vida angélica para sempre. No começo, ela quase não percebeu....

Silêncio!

Silêncio, psiu, nem um pio. Não vou dizer mais nada. Se ela não ligar, eu é que não vou cometer esse desatino. Outro não, por favor. Ela não veio, depois de prometer na segunda, na quarta, e acho que na sexta também. E depois que já havia passado das nove da noite é que resolveu dar o ar da graça, como se nada tivesse acontecido, como se minha opinião e o meu sentimento não valessem nada. É por isso que eu não vou sorrir, não vou perguntar se está tudo bem, por mim que se dane eu não ligo. Não vou...

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