Um brinde à (des)inteligência brasileira

Finalmente terminou mais uma eleição que já estava ganha desde o início. Ou será que alguém pensou que a concorrência ainda tinha chance? Não, não tinha. Mudar a política brasileira nessa altura do campeonato abala as estruturas do país, seja ela econômica ou social, ou as duas. Para mudar os mentores da liderança do país é preciso ter inteligência demais, coisa que nosso país não tem. Temos inteligência sim, mas não o suficiente. Nosso redor está ainda contaminado, impregnado e solidificado pela (vamos amenizar aqui) “ingenuidade das classes menos favorecidas”. Minha vontade era de dizer o português escancarado, mas eu não farei isso aqui. Mas finalmente acabou. Terminou para muitos com sorrisos e para outros tantos com aquela azia, aquela sensação de quem teve que engolir a pulso algo que não queria, e que foi-nos enfiada goela abaixo, e só resta agora a sensação de indigestão sabendo que não há mais chance de um milagroso sal de frutas aparecer. Resta para muitos, (eu, inclusive) a cara de enterro ao perceber que após anos e anos de evolução e desenvolvimento humano, ainda não aprendemos coisas básicas. Não aprendemos a ler. Não aprendemos a pesquisar, a investigar, a contestar. Estamos de volta à era das trevas, quando se fala em intelectualidade. Nos contentamos com pouco, quando tanto mais nos espera. Mas finalmente terminou. Para quem assiste televisão, ganha-se agora minutos importantes para ver outras futilidades que não seja horário político. Ganhamos ruas um pouco menos sujas sem a sordidez dos santinhos. Mas que seja reconhecida a vitória da eleita e seu esforço. Torço sinceramente para que eu esteja errado nas minhas conjecturas, e que as ações governamentais agora venham calar a minha boca, coisa que até agora ainda não conseguiu. Por ora, apenas devemos parabenizar nossa presidente, e rezar para que daqui a quatro anos possamos estar melhor do que hoje. E que o fogo amigo que criamos seja menos atroz. Oremos.

 

in.te.li.gên.cia
sf (lat intelligentia) 1 Faculdade de entender, pensar, raciocinar e interpretar; entendimento, intelecto. 2 Compreensão, conhecimento profundo. (Dicionário Michaelis)

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