É verdade que não existem crimes perfeitos, mas esse aqui chegou bem perto. O Wagner, também conhecido como Japão, era um colega de trabalho a alguns pares de anos atrás. O salário de fome de duzentos e sessenta reais, na época, não dava nem mesmo para ele pagar o funesto aluguel, quanto mais cumprir com o restante de suas obrigações mensais.
A coisa chegou num ponto que começou a perturbar até mesmo as suas obrigações, é, bem, suas obrigações maritais. Recebeu cartão amarelo da mulher, teve que dormir na sala por quarto noites seguidas e quando voltou para sua cama, enfrentou um período de abstinência sexual da mulher.
Aquilo tinha que acabar, ele tinha que encontrar um jeito de arrumar dinheiro. Mas não conseguia outro emprego. Queria fazer um assalto, mas não tinha coragem e além de tudo, detestava armas. Pensou por dias seguidos, e num dia de bebedeira, encontrou a solução para sua tão malfadada sorte.
Então lá se foi o Japão para o boteco comigo, o Mauro e o Zezinho tomarmos nossa tradicional breja de sexta a noite. Conversa vai, conversa vem ele ouve alguém falar sobre alugar uma casa. A luzinha da idéia acendeu na cabeça dele. Mal sabia ele que pouco depois, outra coisa iria acender na cabeça dele.
O Japão falou com o indivíduo durante dez minutos. Pegou o telefone do homem e eu ouvi quando ele disse que ligaria no dia seguinte.
O plano era tão simples que parecia ridículo. O Japão pagava cem reais de aluguel. E alugou a casa que ele próprio já alugava, sem consultar a proprietária, pelo valor de duzentos reais! A idéia era genial. O Japão mudou-se com a mulher de madrugada, sem contar direito o plano. Ela relutou em ir, mas o Japão como era dado a ser valente, tirou o cinto e fez menção de acabar com aquela aleivosia. Ela parou no mesmo instante.
No dia seguinte, o Japão recebeu o dinheiro, e com os duzentos reais, alugou uma outra casa, pelos mesmos cem reais. Já tinha uma comissão. E foi nessa toada que ele permaneceu por seis meses, cada semana morando em um lugar diferente. Nem a polícia era capaz de encontrar o homem, porque ele não tinha residência fixa. Era um nômade. Um sem terra. Um Japão-ninguém.
A mulher se cansou de tanta mudança, mas adorava ter de novo um bom poder de compra. O negócio foi ficando rentável e o Japão já era agora um catedrático quando se tratava de negócios imobiliários. Saiu do emprego, e nos deixou com saudades. Saía cedo de casa, e deixava a mulher com saudades, enquanto ficava vadiando, perambulando pelas ruas, bares e botecos, procurando alguma alma incauta para malograr.
Um dia ele chegou em casa e quando abriu a porta teve a visão do Ricardo em seu quarto com sua mulher de comportamento acima de qualquer suspeita. Aquilo buliu com o juízo do Japão, e enquanto o sujeito corria com as calças na mão, a mulher apanhava feito uma condenada. Ficou toda machucada.
Ele parou, sentou-se no chão e chorou. Ela pediu perdão, ele concedeu. Ela viu que era fácil demais lidar com ele e disse que ia na delegacia da mulher, ele pediu perdão, ela concedeu. Viveram como Bonie e Clyde durante quatro anos, superfaturando dos inquilinos e subtraindo dos proprietários. Nunca mais a mulher reclamou.
Quando tinham já dinheiro suficiente para comprar uma casa, a mulher uma noite embebedou o Japão, pegou suas coisas e foi embora, junto com o Ricardo, aquele mesmo. Ao acordar, foi surpreendido pelo proprietário do imóvel postado ali junto à porta querendo o dinheiro do aluguel. Ele não tinha.
O proprietário chamou a polícia e levaram o Japão ainda semi-consciente. Ele mora agora numa delegacia, e responde pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e furto qualificado. Diz que nunca mais vai fazer isso de novo, mas está mais conformado porque não está precisando pagar o aluguel.
A coisa chegou num ponto que começou a perturbar até mesmo as suas obrigações, é, bem, suas obrigações maritais. Recebeu cartão amarelo da mulher, teve que dormir na sala por quarto noites seguidas e quando voltou para sua cama, enfrentou um período de abstinência sexual da mulher.
Aquilo tinha que acabar, ele tinha que encontrar um jeito de arrumar dinheiro. Mas não conseguia outro emprego. Queria fazer um assalto, mas não tinha coragem e além de tudo, detestava armas. Pensou por dias seguidos, e num dia de bebedeira, encontrou a solução para sua tão malfadada sorte.
Então lá se foi o Japão para o boteco comigo, o Mauro e o Zezinho tomarmos nossa tradicional breja de sexta a noite. Conversa vai, conversa vem ele ouve alguém falar sobre alugar uma casa. A luzinha da idéia acendeu na cabeça dele. Mal sabia ele que pouco depois, outra coisa iria acender na cabeça dele.
O Japão falou com o indivíduo durante dez minutos. Pegou o telefone do homem e eu ouvi quando ele disse que ligaria no dia seguinte.
O plano era tão simples que parecia ridículo. O Japão pagava cem reais de aluguel. E alugou a casa que ele próprio já alugava, sem consultar a proprietária, pelo valor de duzentos reais! A idéia era genial. O Japão mudou-se com a mulher de madrugada, sem contar direito o plano. Ela relutou em ir, mas o Japão como era dado a ser valente, tirou o cinto e fez menção de acabar com aquela aleivosia. Ela parou no mesmo instante.
No dia seguinte, o Japão recebeu o dinheiro, e com os duzentos reais, alugou uma outra casa, pelos mesmos cem reais. Já tinha uma comissão. E foi nessa toada que ele permaneceu por seis meses, cada semana morando em um lugar diferente. Nem a polícia era capaz de encontrar o homem, porque ele não tinha residência fixa. Era um nômade. Um sem terra. Um Japão-ninguém.
A mulher se cansou de tanta mudança, mas adorava ter de novo um bom poder de compra. O negócio foi ficando rentável e o Japão já era agora um catedrático quando se tratava de negócios imobiliários. Saiu do emprego, e nos deixou com saudades. Saía cedo de casa, e deixava a mulher com saudades, enquanto ficava vadiando, perambulando pelas ruas, bares e botecos, procurando alguma alma incauta para malograr.
Um dia ele chegou em casa e quando abriu a porta teve a visão do Ricardo em seu quarto com sua mulher de comportamento acima de qualquer suspeita. Aquilo buliu com o juízo do Japão, e enquanto o sujeito corria com as calças na mão, a mulher apanhava feito uma condenada. Ficou toda machucada.
Ele parou, sentou-se no chão e chorou. Ela pediu perdão, ele concedeu. Ela viu que era fácil demais lidar com ele e disse que ia na delegacia da mulher, ele pediu perdão, ela concedeu. Viveram como Bonie e Clyde durante quatro anos, superfaturando dos inquilinos e subtraindo dos proprietários. Nunca mais a mulher reclamou.
Quando tinham já dinheiro suficiente para comprar uma casa, a mulher uma noite embebedou o Japão, pegou suas coisas e foi embora, junto com o Ricardo, aquele mesmo. Ao acordar, foi surpreendido pelo proprietário do imóvel postado ali junto à porta querendo o dinheiro do aluguel. Ele não tinha.
O proprietário chamou a polícia e levaram o Japão ainda semi-consciente. Ele mora agora numa delegacia, e responde pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e furto qualificado. Diz que nunca mais vai fazer isso de novo, mas está mais conformado porque não está precisando pagar o aluguel.
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