Vestido curto...curtinho

Talvez nunca nos anais da história deste país, um vestidinho rosa foi tão falado, comentado, filmado, noticiado, popularizado (e acima de tudo ridicularizado). Foi o trampolim para a fama, sucesso e dinheiro, da estudante de turismo, que se queixa agora de ter sido achacada e de acordo com as palavras da própria: “violentada”. A verdade é que tanto faz como tanto fez o uso ou desuso do tal vestidinho. A questão foi a polêmica. Os alunos de um lado achando que aquela não era vestimenta para o lugar. Do outro, a estudante que “inocentemente” colocou uma roupa achando que só iria causar um "frisson", chamar a atenção para suas pernas grossas, talvez porque sua enorme cara de caju não desperte os desejos libidinosos de homens e mulheres por onde ela passe. Virou celebridade, aparecendo nos principais programas de televisão, posando em capa de revistas, fazendo campanha nacional para ver se encontra um namorado, que esteja afim de realmente gostar dela pelo que ela é não ser um oportunista e pegar uma carona no sucesso alheio. E que também não esteja somente interessado em suas longas madeixas louras com ares sensuais, por causa do um milhão de reais que agora quer como indenização por ter usado seu vestidinho na maior inocência que somente uma loura poderia ter. A maior vítima de tudo isso são os telespectadores que são conduzidos a ler e ver fatos absurdos como este que a mídia insiste em mostrar. Não é de se espantar ao ver a condição moral e intelectual dos filhos do Brasil, onde faz-se mais sucesso quem ter um padrinho influente, quem tem uma bunda maior ou mais bonita, ou até mesmo um vestidinho rosa mais curto. É muito mais fácil usar um argumento apelativo para se ter fama e sucesso do que caminhar pelas próprias pernas, utilizando-se do intelecto e da própria capacidade física, porque “ah, hoje virou moda, tá tudo mais fácil”. E nessa brincadeira bizarra de quem consegue mais com menor uso de cérebro e ajuda de outros mais influentes, só nos resta esperar para ver o resultado. E quem sabe amanhã comemorar o reinado da burrice, da banalização corporal e social, desfilando pelas passarelas e capas de revistas, demonstrando nosso falso apogeu e mostrando que acima de tudo somos capazes de ser ainda mais caras-de-pau.

2 comentários:

Realmente é alarmante como a mídia gosta de promover pessoas sem talento como Geisy Arruda e tantos outros, que sabendo como a mídia se satisfaz com tão pouco, se prestam à uma exposição ridícula como essa no intuto de fama. E o mais assustador é que muitas das vezes ele alcançam o tão desejado trio: sucesso, fama e dinheiro.

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