Doutor Carlos há tempos quer desvendar este mistério: de uns meses para cá, sua carteira vem sendo subtraída, mas ele ainda não conseguiu saber quem está por trás disso. Já discutiu o assunto com a mulher e a filha, e delas também ouviu a hipótese mais provável: a empregada!
A empregada está com eles a três anos e sempre esteve acima de qualquer suspeita. Dolores é o seu nome. Ela não mora com a família Silveira, mas todos os dias está na residência às seis horas da manhã. Sempre com uma Bíblia em uma das mãos e um terço na outra.
Mas o doutor não desiste. Vai a uma loja e compra uma pequena câmera. Foi dormir tarde naquela noite lendo o manual de instruções e preparando sua armadilha. Coloca a pequena câmera escondida em um local da sua estante de livros em seu quarto, liga o aparelho que focaliza sua carteira e sai para a copa para tomar o seu café da manhã enquanto a empregada se prepara para arrumar o quarto do patrão.
A câmera filma tudo, mas ele não quer dizer nada agora, quer deixar a surpresa para a hora do almoço quando ele, sua esposa e filha não estiverem tão apressados para sair.
Quando a hora do almoço chega e todos estão de volta ao lar, o doutor Carlos se senta no sofá junto com a sua família. Chama a empregada:
- Dolores!
- Sim patrão - ela responde.
- Dolores quero conversar com a senhora. - ele diz - Quero lhe dizer que não mais iremos precisar dos serviços da senhora.
- O senhor está me demitindo doutor Carlos? - ela pergunta já com os olhos vermelhos querendo chorara com a notícia repentina.
- Sim dona Dolores - ele responde - a senhora anda fazendo muita coisa feia, e a senhora sabe do que estou falando.
- Não sei não doutor Carlos, o que eu estou fazendo de errado? - ela questiona na defensiva.
- A senhora anda pegando dinheiro na minha carteira - ele diz serenamente, completamente calmo.
- É mentira! - ela responde alto, agonizando ante os olhos incriminadores da patroa e sua filha - isso só pode ser coisa da Gabriela, essa menina não gosta de mim.
Neste momento, doutor Carlos apanha o controle remoto da televisão e depois de apertar outro botão uma imagem aparece. Na imagem dona Dolores vasculha a carteira do doutor e tira trinta reais.
Ela não tem mais forças para ficar de pé. Deixa seu corpo cair sentado em uma das poltronas. Não acredita que foi descoberta. Sua boca está seca e as mãos trêmulas.
- Doutor Carlos, eu estava possuída naquele momento. Eu não queria fazer aquilo, mas o marvado estava me possuindo e controlando o meu corpo. - enquanto ela fala, as lágrimas afloram.
- Dona Dolores, como esta não é a primeira vez que isso acontece acho que não tenho mais nada a lhe pagar, a senhora já recebeu o seu pagamento adiantado. Agora se preferir, podemos resolver tudo na delegacia.
Dez minutos depois, dona Dolores cruza a sala em direção à porta que dá acesso à rua. Não diz nada, não se despede de ninguém. Leva embora apenas a pequena Bíblia com os trinta reais entre as páginas e o resto da sua auto-estima que ainda sobrou e vai embora.
O doutor Carlos não consegue deixar escapar uma risada. Acabou de ficar trinta reais mais pobre, mas comenta com a mulher e a filha:
- Possuída! Era só o que faltava!
- Mas que diabo de espírito é esse? - pergunta a esposa sem conter um sorriso.
E a filha responde:
- Só se for de porco mãe!
Mas o doutor não desiste. Vai a uma loja e compra uma pequena câmera. Foi dormir tarde naquela noite lendo o manual de instruções e preparando sua armadilha. Coloca a pequena câmera escondida em um local da sua estante de livros em seu quarto, liga o aparelho que focaliza sua carteira e sai para a copa para tomar o seu café da manhã enquanto a empregada se prepara para arrumar o quarto do patrão.
A câmera filma tudo, mas ele não quer dizer nada agora, quer deixar a surpresa para a hora do almoço quando ele, sua esposa e filha não estiverem tão apressados para sair.
Quando a hora do almoço chega e todos estão de volta ao lar, o doutor Carlos se senta no sofá junto com a sua família. Chama a empregada:
- Dolores!
- Sim patrão - ela responde.
- Dolores quero conversar com a senhora. - ele diz - Quero lhe dizer que não mais iremos precisar dos serviços da senhora.
- O senhor está me demitindo doutor Carlos? - ela pergunta já com os olhos vermelhos querendo chorara com a notícia repentina.
- Sim dona Dolores - ele responde - a senhora anda fazendo muita coisa feia, e a senhora sabe do que estou falando.
- Não sei não doutor Carlos, o que eu estou fazendo de errado? - ela questiona na defensiva.
- A senhora anda pegando dinheiro na minha carteira - ele diz serenamente, completamente calmo.
- É mentira! - ela responde alto, agonizando ante os olhos incriminadores da patroa e sua filha - isso só pode ser coisa da Gabriela, essa menina não gosta de mim.
Neste momento, doutor Carlos apanha o controle remoto da televisão e depois de apertar outro botão uma imagem aparece. Na imagem dona Dolores vasculha a carteira do doutor e tira trinta reais.
Ela não tem mais forças para ficar de pé. Deixa seu corpo cair sentado em uma das poltronas. Não acredita que foi descoberta. Sua boca está seca e as mãos trêmulas.
- Doutor Carlos, eu estava possuída naquele momento. Eu não queria fazer aquilo, mas o marvado estava me possuindo e controlando o meu corpo. - enquanto ela fala, as lágrimas afloram.
- Dona Dolores, como esta não é a primeira vez que isso acontece acho que não tenho mais nada a lhe pagar, a senhora já recebeu o seu pagamento adiantado. Agora se preferir, podemos resolver tudo na delegacia.
Dez minutos depois, dona Dolores cruza a sala em direção à porta que dá acesso à rua. Não diz nada, não se despede de ninguém. Leva embora apenas a pequena Bíblia com os trinta reais entre as páginas e o resto da sua auto-estima que ainda sobrou e vai embora.
O doutor Carlos não consegue deixar escapar uma risada. Acabou de ficar trinta reais mais pobre, mas comenta com a mulher e a filha:
- Possuída! Era só o que faltava!
- Mas que diabo de espírito é esse? - pergunta a esposa sem conter um sorriso.
E a filha responde:
- Só se for de porco mãe!
0 comentários:
Postar um comentário