O Funk e a decadência brasileira

Uma crônica sobre o estilo musical que tomou conta do país.

Retrô

Passei o ano todo pensando em escrever esse último post do ano. Anotei, memorizei tudo que podia para poder relembrar depois, fazer aquela tradicional retrospectiva de um ano que com certeza foi o melhor e ao mesmo tempo o pior de todos. Dizem os chineses que ano que termina com 9 encerra um ciclo. E outro se inicia. Então agora que faltam poucas horas para o final do ano, estou sem vontade nenhuma de escrever esse post. Deve ser o ciclo teimando em querer ficar. Porque escrevendo eu me lembro de como o ano no plano amoroso foi fracasso sobre fracasso...

Retrô

Passei o ano pensando em escrever esse ultimo post do ano. Anotei, memorizei tudo que podia para poder relembrar depois, fazer aquela tradicional retrospectiva de um ano que com certeza foi o pior de todos. Dizem os chineses que ano que termina com 9 encerra um ciclo. E outro se inicia. Então agora que faltam poucas horas para o final do ano, estou sem vontade nenhuma de escrever esse post. Porque escrevendo eu me lembro de como o ano no plano amoroso foi fracasso sobre fracasso sobre fracasso. Eu vou me lembrar dos meses de reclusão e abstinência...

Que Chato!

Definitivamente, pior do que um domingo em casa é um sábado de manhã no trabalho. E quando é um sábado que teve feriado no dia anterior e todo mundo achava que ia prolongar mas que teve que trabalhar, aí o desespero é inevitável. De algum tempo para cá tenho desenvolvido uma insônia latente. Durmo no máximo quatro horas e mesmo assim somente quando os primeiros raios da manhã começam a dar o ar da graça. Nunca gostei de remédios, mas de algum tempo para cá eles tem se tornado meus amigos quase íntimos....

O que não fazer em um feriado prolongado

Feriado na segunda ou terça-feira e ainda com um sol de rachar é o sonho da maioria de nós paulistanos. Seja para ir à praia ou à serra, as oportunidades são as mais variadas. Litoral, interior, comidinhas deliciosas, pessoas bonitas, lugares agradáveis, agitados ou tranqüilos, e é claro, trânsito caótico no início de quase toda viagem, tudo junto numa mesma cidade. O que é isso? Tradução de boas histórias para contar na volta para o trabalho ou de histórias de lamúrias e decepções? Depende de onde você for. Por exemplo, se você gosta de praia...

Refluxo

Eu tinha certeza que aquele não seria um sábado comum. Era véspera de feriado e eu estava ansioso para terminar logo aquele dia para poder cair na estrada novamente no domingo. Odeio finais de semana em casa, e aquela viagem havia sido programada desde o meio do mês, e tinha sido alterada no meio da semana. Para variar eu havia dormido pouco trabalhando por toda a madrugada e sabia que trabalharia ainda mais no sábado. Doze horas sem parar e ainda tinha trabalho extra no meio da noite. Será que eu não estava apenas correndo atrás de dinheiro? Mas...

Uma resposta

Há dois meses eu estava em viagem de férias na casa dos meus pais, e de repente me lembrei que quando eu ainda morava lá, havia no meu antigo quarto, uma abertura no forro de pinus, que dava acesso à fiação da casa. Coloquei uma cadeira por sobre uma mesa e removi a tampa, lá no alto havia ainda aquelas enciclopédias antiquérrimas do meu pai e uma caixa que eu havia colocado lá e nem me lembrava que existiam. Eu tenho a mania de arquivar tudo que eu vejo. Contas, cartas antigas, cupons de supermercado, ingressos de cinema, tudo. É um hábito antigo....

Cidade Maravilha

Sempre tive vontade de conhecer o Rio de Janeiro. Desde pequeno. A gente que vive em são Paulo sabe que quase não dá pra fazer muita coisa que saia do eixo casa-trabalho, às vezes, mesmo nos finais de semana. E quando o cara é como eu que trabalha que nem formiga, aí é que a coisa fica complicada mesmo. Mas naquele sábado não. Eu ia conhecer o Rio de qualquer jeito. Não importava se fosse sozinho ou acompanhado, com chuva ou sol, de ônibus, carro ou avião. Se fosse preciso, até com meu skate eu iria. Cheguei e a horrível temperatura de vinte e...

Farol vermelho

Coloco os pés porta afora e olho o brilho difuso da neblina. Olho para os lados, o carro já está parado lá fora, os vidros escuros. Me aproximo e o vidro se abaixa. Eu já estou sorrindo e então Cameron Diaz sorri e pisca pra mim, e em sete minutos estamos na porta da minha casa. Droga, não era a Cameron. O movimento de levar a mão ao celular é automático, mas sempre que preciso do meu ele teima em não funcionar. Ligo para meus amigos confirmando o show no final de semana, mas essa peste não tem sinal. Mas fica nesse inferno interminável de torpedos...

Aurora Boreal - parte II

Sentada sobre a tampa da privada ela lentamente começa o ritual de se despir. Tudo ainda gira ao seu redor e por isso ela fecha os olhos com cuidado para não sofrer ainda mais com a dor de cabeça que a assola. Quando está completamente nua, leva as mãos à parede negra de porcelanato e liga o chuveiro sentindo as gotas pesadas e quentes invadirem cada centímetro de seu corpo. Ainda há tempo de mudar de idéia e optar pela banheira, mas agora que recobrou os sentidos, tem medo de se afogar, o chuveiro é mais seguro. E lá mesmo ela fica por quase vinte...

Ontem eu chorei com o Bruno - por Handerson Pessoa

Eu não sei o que acontece nesse mundo. Juro que não sei. E quando esse tipo de coisa acontece eu fico puto da cara. Meu amigo Bruno me ligou, aos prantos ontem porque a namorada o deixou. O Bruno é desses caras meio porra-loca. Conheceu a mulher pela internet no final do ano passado. Ela mora em outro estado mas o cara não ligou pra isso. Resolveu que a ama porque ama e ponto final. Ele me mostrou os emails que os dois trocavam, e também as mensagens de celular. Ela tentou vir aqui em São Paulo mas parece que algo deu errado. Ele tentou ir várias...

Nimbus

Já que não estou mais nem aí pra esse celular, resolvo desligar de uma vez por todas. É nessa hora que ela liga, beirando às duas da manhã. Número desligado ou fora da área de cobertura. Não quero pensar em nada, não quero fazer nada, e que se dane a bagunça organizada da minha casa que eu não to a fim de arrumar. Só quero ficar aqui deitado no meu sofá enrolado no meu edredom azul nessa puta madrugada de sábado. Eu não me lembro de ter ido pra cama, nem sei como fui parar lá, mas abro um olho e acho que já são umas dez da manhã. Aperto as teclas...

Para acordar gente grande

st1\:*{behavior:url(#ieooui) } Já fazia cinco anos que o Valdivino namorava a Roseli. Cinco longos anos. Debaixo do céu só existiam aqueles dois. Era “meu amor pra lá, meu amor pra cá”. Chegava a dar enjôo. Igual àqueles enjôos que se têm quando se come doce demais e não dá nem pra olhar para o doce por dias. Ficar perto daqueles dois era uma prova de resistência e paciência. A todo lugar que se olhava, lá estavam os dois naquela moto branca e vermelha, e o casamento já estava quase saindo. A todo mundo que perguntava, a resposta da Roseli era...

Angelicus

Seu primeiro presente foi um nome de anjo: Anyel. Amava o próprio nome tanto quanto a si mesma. Nome de anjo, beleza de anjo, ternura de anjo. Agora lhe faltavam as asas tão somente. Asas aladas para poder voar, para sombrear e para proteger. Para aconchegar, amparar e abraçar. E as asas começaram a aparecer numa tarde quente pouco depois que seus pais se separaram. A desilusão, a frustração e a sensação de impotência ante aquela cena da qual jamais se esqueceria, faria parte da sua vida angélica para sempre. No começo, ela quase não percebeu....

Silêncio!

Silêncio, psiu, nem um pio. Não vou dizer mais nada. Se ela não ligar, eu é que não vou cometer esse desatino. Outro não, por favor. Ela não veio, depois de prometer na segunda, na quarta, e acho que na sexta também. E depois que já havia passado das nove da noite é que resolveu dar o ar da graça, como se nada tivesse acontecido, como se minha opinião e o meu sentimento não valessem nada. É por isso que eu não vou sorrir, não vou perguntar se está tudo bem, por mim que se dane eu não ligo. Não vou...

Quem matou Rita Maria?

De acordo com a previsão meteorológica para a noite de domingo, três de maio, a mínima deveria ficar entre doze e a máxima em dezoito graus. O outono havia chegado e com ele, as frentes frias. Eu havia passado o dia com meus filhos, combinando a festa de aniversário do mais velho, que seria na quarta-feira próxima. Já passava das dez da noite, e eu queria desesperadamente ir para casa. Meu joelho doía horrores e meu pé direito lancinava com um machucado feio.Eu estava a caminho de casa, lendo “The...

Someday

Algum dia, antes do final eu ainda volto. E quando voltar, eu vou de novo andar pela Avenida Afonso Pena em Belo Horizonte e dar uma volta no Shopping Eldorado. Vou de novo de ônibus de Goiânia a Brasília só para ver as luzes do Conjunto Nacional e depois andar pelo Eixo Monumental para ver a decoração de natal, comprar de novo um DVD no Alameda Shopping e jantar no Xique-Xique, aquele restaurante ótimo da Asa Norte e em seguida dormir no Olimpus Hotel. Quando eu voltar, eu vou ver dar meia noite na rua AR-1 no bairro do Aruanã II em Goiânia, ouvindo...

Convivendo com as diferenças

O que constrói o caráter de uma pessoa? As diferenças que ela tem em relação aos demais? Ou será que são as semelhanças? A todo instante somos bombardeados por comentários, insinuações e comportamentos sobre nossas diferenças em relação aos outros e outras tantas vezes pelas semelhanças. Sejam elas diferenças culturais, étnicas, religiosas ou sócio-econômicas.Em pleno século vinte e um, algumas pessoas ainda não aprenderam a lidar com essas diferenças e isso nos remonta a idades mais primitivas quando se seguia um padrão e tudo o mais era considerado...

Os velhos caminhos

As ondas trovejantes estao me chamando para casa a vocêO mar batendo esta me chamando para casa a vocêSobre um novo ano escuro esta noiteSobre a costa Oeste do mundoEu ouvi sua voz cantandoSeus olhos dançaram a cançãoSuas mãos tocaram a melodiaFoi uma visão diante de mimNós sentimos a musica anterior e a dança conduzir adianteAssim como roubamos para longe a margem do marNós cheiramos a agua tão salgada, sentimos o vento em nossos cabelosE com tristeza você hesitouRepentinamente soube que você teria de irMeu mundo nao foi seu, seus olhos assim...

O preço do desejo

O telefone celular de Augusto Pena tocou exatamente as quinze para as quatro de uma tarde de sábado. Era o marido dela. Mas Augusto não sabia. Como também não sabia que na relação de amantes que Francine possuía, ele era o número dezessete. E essa lista iria aumentar a cada final de semana.Atendeu. E por vários minutos ouvindo a voz do outro lado daquele fatídico e malfadado sinal, Augusto soube da verdade, e muito mais que ele não queria saber. A voz contava detalhes dos encontros amorosos entre...

La Solitudine

Para Igor, a hora mais fria e profunda começa as vinte e três e trinta quando ele entra em casa. A ausência dos barulhos, o escuro da casa e tudo que nela existe, agora servem apenas como ingredientes para aumentar a nostalgia.Os retratos na parede que tanto dizem, agora estão adormecidos, dormindo e descansando em silêncio. Ele olha para a bagunça da casa e não se importa. As visitas se foram há muito e ninguém restou para reparar naquela pequena confusão. O edredom está revirado na cama, os livros estão espalhados pelo sofá, os tênis e sapatos...

The Landing

As poltronas dos números dezesseis a dezoito em um avião modelo Air Bus 737-400 são as piores. Ficam localizadas em cima das asas, e da janela, independente se é A ou F, a visão fica encoberta, mas é possível ver o aerofólio das asas, os flaps e parte da turbina.Eu estava na poltrona 17F, do lado direito da aeronave, sentindo as delícias de ver o céu se unir à terra a dez mil e trezentos metros de altitude. O comandante, pelo sistema de auto-falantes dizendo que a temperatura interna era de vinte...

Próxima estação: Luz

Domingo, vinte e dois de fevereiro. Triple Two. Os convites para o teatro dali a algumas horas com a minha namorada estão sobre a cama. Tudo está arrumado, nada pode sair errado. Os candelabros já estão com as velas para o jantar de mais tarde, assim como também o vinho. Basta meu telefone vibrar para eu saber que tudo está sob controle. Finalmente o aparelho toca, mas é outra pessoa, um engano.As horas passam, tenho que fazer alguma coisa para driblar a ansiedade. De repente, uma batida na porta,...

Viagens Insólitas

Conheço esse trajeto. Esse caminho é antigo. É o mesmo que eu costumava fazer quase todas as manhãs de sábado. Estou outra vez na estação Socorro, aqui em São Paulo. São oito e quarenta da manhã e hoje é um dia qualquer de 2007, mas eu estou com pressa. Quando entro e me sento em um banco marrom, me pergunto o que estou realmente fazendo ali. O ar condicionado gela minha imaculada camisa branca e eu sinto o gosto doce do gelo.Meus ouvidos são agraciados pelo som da voz de Marina Elali cantando One...

Parceiros da Vida - parte IV

Já fazia duas semanas que eu não ia até a Missão Redentor e estava começando a me preocupar. Naquela tarde de sábado eu havia trabalhado bastante e havia trabalhado ainda mais no final da tarde. Estava longe de casa, e de onde eu estava no bairro do Cambuci até a minha casa era uma hora de distância. Ainda por cima eu havia prometido a mim mesmo ir à igreja naquela noite.Tudo que eu queria depois que a reunião na igreja acabou era uma sopa quente e minha cama. Minha namorada estava longe e não fazia sentido sair sem ela e ainda por cima eu estava...

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